A Bella Menina nasceu no final de 2017, em um momento delicado da minha vida. Eu era mãe de primeira viagem de um menino de 2 anos e enfrentava uma depressão profunda. No meio da dor, encontrei um refúgio inesperado: produzir laços para meninas.
Minha mãe, Ilman, foi meu primeiro apoio. Ela não só acreditou em mim, como também vendeu os primeiros laços, e com o lucro dessas vendas me incentivou a dar o próximo passo: investir na produção de bijuterias. Esse pequeno passo logo se transformou em algo maior — o início da nossa jornada com as semijoias.
No começo, eu apenas revendia as peças, mas com o tempo e muito estudo, descobri um mundo novo. Passei a comprar peças brutas, sem banho, e levá-las para a galvanoplastia. Queria um banho de qualidade, antialérgico, porque eu mesma sempre tive alergias. Esse cuidado abriu portas para possibilidades que eu nunca tinha imaginado.
Enquanto o negócio crescia, minha vida pessoal também exigia muito de mim. Meu filho recebeu o diagnóstico de autismo e iniciou um intenso cronograma de terapias semanais: psicóloga, fonoaudióloga, terapia ocupacional. Eu sabia que precisava fazer a Bella Menina dar certo, porque dificilmente conseguiria um emprego formal com tantos compromissos de cuidado. Assim, montei maletas e criei uma rede de revendedoras, mulheres incríveis que passaram a levar nossas joias até outras mãos.
Mas então chegou 2020. A pandemia mudou tudo. As revendedoras devolveram suas maletas e eu precisei reinventar o negócio. Comecei a vender pelo Instagram, algo que até então nunca tinha feito. Foi um marco. E, para minha surpresa, as vendas decolaram. Passei a trabalhar também com joias em prata 925 — algo que antes parecia distante e até improvável.
Durante esse tempo, eu fazia de tudo: atendimento, fotografia, postagens, embalagens e entregas. Era intenso, mas também lindo. Assim seguimos até o fim de 2022, quando percebi que precisava de uma pausa. Os anos haviam sido maravilhosos, mas eu estava esgotada. Eu queria estudar mais, me dedicar aos freelas de design que me ajudavam a equilibrar as finanças e, acima de tudo, estar presente para meu filho.
Mesmo durante a pausa, a Bella Menina nunca deixou de pulsar dentro de mim. E agora, estamos de volta. De coração renovado, com mais experiência e ainda mais amor por esse trabalho.
A todas as clientes, amigas e parceiras que nos apoiaram desde o começo: obrigada. Este retorno é para vocês — para continuarmos criando não só joias, mas experiências que contam histórias, assim como a nossa.
Obrigado por fazer parte da nossa jornada.
Atenciosamente,
Isabelle Garcia Santos
Fundadora da Bella Menina
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